Anabela Moreira

Anabela Moreira

“A Indústria do Mobiliário está cada vez mais vanguardista e qualificada”

 

Anabela MoreiraO que a levou a enveredar no universo da decoração/arquitetura?

Acho que o Universo conspirou para que me tornasse decoradora de interiores. Digo isto porque desde menina o meio envolvente onde cresci já era ligado á criação e produção: os meus pais eram fabricantes e eu, quando não estava na escola, andava a brincar na fábrica entre móveis e materiais.

Depressa fui questionando todos os processos e dei por mim completamente fascinada com a possibilidade de criar, transformar, alterar… Complementar a criação dos móveis com a respectiva e contextualizada decoração é, sem duvida, a minha vocação.

 

Quais são, para si, os aspetos mais importantes num projeto de design/arquitetura?

O mais importante sempre, independentemente do projecto, é que o cliente se reconheça nele! Claro que este é um processo que obriga a uma troca de ideias pormenorizada e eficiente para que se possa materializar o que o cliente tem em mente.

Depois de definido o conceito, é vital propor, dentro do mesmo, ideias inovadoras e diferenciadas que aliem estética e funcionalidade.

 

Onde procura inspiração os seus projetos?

A minha maior fonte de inspiração é o cliente! Saber que alguém espera de mim algo único e surpreendente é, por si só, inspirador. No dia-a-dia também existem coisas muito simples que ligam automaticamente o botão da criatividade.

Além disso, visitar um museu, assistir a um filme, viajar para países culturalmente ricos… tudo isso é bagagem que nos enriquece, nos inspira e nos permite estar em constante mutação.

 

Como é que desenvolve o processo criativo?

Em primeiro lugar, é necessário definir entre mim e o cliente uma linha conceptual. A partir daí, em que o que é pretendido e peido fica definido, há que escolher detalhadamente materiais e fazer um casamento perfeito entre o espaço, os moveis e a decoração que a vai acompanhar.

Depois deste processo estar concluído, é essencial fazer o acompanhamento rigoroso da produção e da transformação para finalizar a etapa com sucesso e, não menos importante, assegurar o cumprimento dos prazos.

 

Prefere particularmente um estilo ou trabalha com vários?

É óbvio que quem trabalha nesta área tem sempre um estilo preferencial, aquele com o qual mais se identifica. No entanto, o que nos enriquece como profissionais é termos a capacidade de pensar “fora da caixa” e fazermos um trabalho de excelência em qualquer registo decorativo, sendo por isso de extrema importância priorizar sempre a personalidade e o gosto individual de cada cliente.

 

Que tipo de projeto é que lhe agrada mais e porquê?

Gosto de todos os projectos que me são apresentados pois todos eles representam um desafio quer pela sua unicidade como também pela expectativa criada em torno do mesmo.

Dá-me imenso prazer decorar e funcionalizar espaços comerciais mas tenho um gosto particular por projectos chave na mão… Considero delicioso o facto de poder escolher/alterar/restaurar toda uma habitação desde a cozinha ás casas de banho passando pelos espaços de convívio e quartos. É gratificante ver a reação e a felicidade dos clientes quando se deparam com as alterações efectuadas.

 

Para si, o que está in e o que está out na atualidade?

Está In a Indústria do Mobiliário, que está cada vez mais vanguardista e qualificada. Está Out a falta de originalidade e autenticidade.

 

Qual é a sua imagem de marca, ou seja, existe alguma cor, detalhe ou peça que utilize sempre nos seus projetos?

Não há uma imagem de marca especifica que coloque nos meus projectos mas confesso que todos os meus trabalhos são pautados por mobiliário inovador que surpreenda pela sua invulgaridade.

Na parte da decoração, os têxteis dão-me imenso gozo… Escolher padrões e texturas e combiná-las de forma harmoniosa e inesperada pode considerar-se uma das minhas imagens de marca. Quem trabalha comigo (clientes e colaboradores) identifica fácil e rapidamente um trabalho meu e apesar de serem todos diferentes, a nossa essência está lá!