Litehaus elege o primeiro arquiteto português a desenhar uma casa impressa em 3D na Comporta

A Litehaus, empresa inovadora de desenvolvimento de propriedades imobiliárias, lançou, no início de março, um concurso para eleger o primeiro arquiteto português que vai desenhar uma casa sustentável, impressa em 3D, e com uma área total de 300 m2 na zona da Comporta. O prémio de 5 mil euros e a tarefa de desenhar o projeto foi atribuído ao arquiteto bracarense Rui Barbosa.

Litehaus elege o primeiro arquiteto português a desenhar uma casa impressa em 3D na Comporta

No início de março, a Litehaus, a empresa nascida em 2024 especializada no desenvolvimento inovador de propriedades imobiliárias, lançou o concurso ​​“Desenha a Primeira Casa 3D-Printed em Portugal” direcionado a estudantes e profissionais de arquitetura residentes em Portugal entusiasmados por desenhar o projeto de uma casa impressa em 3D para o empreendimento na zona da Comporta, perto de Melides. O vencedor, galardoado com um prémio de 5 mil euros, foi o arquiteto da Openbook Rui Marta Barbosa, considerado o primeiro português a projetar uma residência que será construída através de uma impressora 3D.

“Sendo a impressão 3D a mais recente tecnologia capaz de revolucionar o setor da construção, foi com grande entusiasmo que participei neste desafio lançado pela Litehaus e sinto-me muito honrado por ver o meu projeto selecionado como vencedor. Na proposta com a qual concorri, procurei aliar este novo método de construção à repetição modular, fácil de ajustar às várias necessidades dos futuros utilizadores e desafios criados pelo ambiente envolvente. Procurei conjugar elementos contemporâneos com a linguagem arquitetónica tradicional de Melides, respeitando sempre o contexto urbanístico”, comenta Rui Marta Barbosa.

Inspirada no ar leve e descontraído que emana das praias e ruas da Comporta e de Melides, esta unidade destaca-se pelo seu caráter modular. O azulejo da piscina, que confere uma cor avermelhada à água, e os tons acastanhados e beges presentes nos materiais que compõem a volumetria da casa dão um toque convidativo, acolhedor e quente ao edifício. Adicionalmente, a disposição e número das divisões da casa podem ser organizadas e ajustadas de acordo com a vontade dos clientes e condicionantes do terreno, devido aos espaços modulares e ao corredor central que os conecta.

Esta nova villa vai integrar a rede habitacional zero waste construída com recurso à tecnologia de Inteligência Artificial, de impressão 3D e modular da Litehaus, que se expande por Portugal inteiro.

“Prevê-se que o mercado da construção com impressão 3D cresça 88%, anualmente, podendo valer 400 mil milhões de dólares em 2030, e nós pretendemos fazer parte dessa evolução, contribuindo para um marco na história da arquitetura portuguesa. Com o objetivo de construir 100 propriedades por ano em Portugal, vamos complementar a unidade residencial de 13 casas em Torres Vedras com este novo projeto em Melides, através da preciosa ajuda do Rui. Paralelamente, temos mais 50 projetos planeados para Torres Vedras, 73 apartamentos modulares turísticos em Braga e, atualmente, estamos prestes a fechar um empreendimento de 108 acomodações para estudantes em Famalicão” afirma Simi Launay, Chief Creative Officer da Litehaus.

A Litehaus conta com o apoio da espanhola Cosmos, parceiro na tecnologia de impressão em 3D, que permite que sejam erguidas residências sustentáveis, que consomem menos 70% de energia no seu fabrico e em menos tempo, dado que se produz até 45 m2 de paredes em menos de 24 horas.

O segredo para tornar estas casas mais amigas do ambiente centra-se, principalmente, na construção das paredes, compostas, maioritariamente, por ECOMortar, um material que substitui o cimento e produz entre 40 a 50% menos de emissões de CO2. Adicionalmente, a tecnologia modular e de impressão 3D aplicadas na fabricação destas paredes reduz o desperdício em 90% e permite que quase metade de uma casa seja construída a partir destes métodos inovadores.

A elevada eficiência dos materiais e técnicas de construção utilizados resulta do facto de os módulos serem impressos num local fechado, sob condições ambientais controladas e sem produção em excesso, uma vez que é apenas impressa a quantidade necessária. Nos módulos são, ainda, instalados isolamento, eletricidade e canalização, acelerando significativamente a montagem no local. Nesse sentido, a Litehaus prevê que, dentro de 5 anos, esteja a construir a um preço 50% inferior ao da manufaturação tradicional.

Existem já vinte modelos residenciais da Litehaus disponíveis no website da empresa.

Nos próximos dois anos, a Litehaus planeia contratar mais dez colaboradores para a criação de um futuro mais acessível e sustentável na construção e arquitetura de Portugal, desenvolvendo unidades energeticamente eficientes e com menores custos de funcionamento para os compradores.