Jorge Antunes – Administrador Damaceno & Antunes

Jorge Antunes – Administrador Damaceno & Antunes

“Empenho, Dedicação e Estratégia”

Jorge Antunes - Administrador Damaceno & Antunes

 

 

Jorge Antunes, administrador da Damaceno & Antunes revela, em entrevista, a base de uma empresa inovadora, sempre de olhos postos futuro. Sociedade desde 2002, mas existente desde 1996, especializou-se na decoração têxtil, representando, em exclusivo, para o mercado português, algumas das mais prestigiadas marcas internacionais, tendo desenvolvido e editado a sua própria marca a Evo Fabrics, presente, atualmente, em mais de 40 países.

 

Qual a história da empresa, como foi a fase inicial?

Tudo começou porque estive muito tempo ligado à área dos tecidos de decoração, comecei a trabalhar num armazém, nesta área e não escondo isso, acabei por ficar apaixonado e viciado por este mundo. Fiz todo o trajeto, em todas as áreas, numa empresa que, infelizmente, já não existe, e de onde saíram muitos dos bons players atuais do mercado.

Passei ainda por uma outra empresa, aí já como comercial, até que decidi ser representante exclusivo de uma marca espanhola em Portugal.

No início, comecei como empresário em nome individual, corria o ano de 1996, depois com a evolução no mercado, a equipa foi aumentando e as marcas que representávamos também.

Hoje, a Damaceno & Antunes é representante exclusiva de marcas internacionais para o mercado nacional com um showroom em Lisboa e Porto e um representante no Algarve.

 

E como surgiu a Damaceno & Antunes?

O primeiro grande passo foi em 2002, quando a contabilidade aconselhou que deixasse de ser empresário em nome individual e passasse a sociedade, isto devido ao aumento da faturação e, assim, surgiu a empresa com a atual designação.

Na altura, mudámos até de instalações e já tínhamos uma pré-marca, a “Ambientex”, que fomos trabalhando a nível nacional, mas que não foi possível registar mundialmente. Algum tempo depois, decidimos criar um novo branding, que pudéssemos trabalhar em Portugal e que, mais tarde, fosse possível também internacionalizar, e assim nasceu a EVO FABRICS.

Esta marca é o resultado da aprendizagem de muitos anos. EVO vem de evolução e é um termo fácil para trabalharmos o mercado externo. As primeiras exportações da marca foram para Espanha, mas o grande salto foi em 2006, quando a Maison&Objet nos abriu a porta. Foi nessa altura que se deu o grande boom relativamente à exportação.

 

Considera então que a Maison&Objet foi essencial para a internacionalização?

Sim. Na primeira fase não tanto pelas vendas, mas sim pelo desenvolvimento interno da empresa.

Tivemos de ganhar um novo ritmo de trabalho para podermos competir no mercado externo e, neste aspeto, esta feira foi importantíssima, na nossa própria evolução.

Nos anos seguintes, começámos a trabalhar de forma mais consolidada o mercado internacional. Em 2011/2013, quando se dá a crise em Portugal e mundial, nós conseguimos superar as dificuldades existentes no mercado interno, visto já estarmos com uma forte presença no estrangeiro e até porque, fomos sempre aumentando o volume da exportação.

 

Quais as marcas estrangeiras que representam em Portugal?

Morris, Harlequin, Sanderson, Kobe, Scion, Agena, Decobel e Fardis. Já a nossa marca, a EVO, está representada em mais de 40 países, através de distribuidores e representantes.

Quando iniciámos a expansão para o mercado externo, a ideia foi começar pela Europa, pois pensámos que seria mais fácil, mas chegou-se à conclusão que não.

Atualmente, o continente para onde exportamos com maior volume, por zona, é a Ásia, para nossa grande surpresa, é a nossa melhor área de implementação.

 

E isso, na sua opinião, deve-se a quê?

Há uma grande apetência para tudo o que é Europeu nessa zona, é um mercado que se está a abrir e, por isso, todos os dias surgem novos players que se querem introduzir. As feiras internacionais também contribuíram para isso.

 

Quais são as próximas feiras em que vão participar?

Em janeiro, vamos pela primeira vez tentar um certame diferente, e decidimos isso após a Maison& Objet ter abdicado do setor “Editores”. Vamos participar na Heimtextil em Frankfurt que, neste momento, já tem uma série de editores e se realiza de 9 a 12 de janeiro. De seguida, a Intergift, em Madrid, a Interdecoração, em Portugal, e terminamos esta primeira fase do ano na IFFS, em Singapura.

 

Para terminar, como perspetiva o futuro da Damaceno & Antunes?

Espero que seja de evolução e desenvolvimento, como até aqui. Atualmente, um dos meus filhos, o Fábio Antunes, já trabalha comigo na empresa. O futuro pode passar por ele, mas pretendemos prosseguir com este caminho de crescimento, desenvolvimento e expansão.