AIMMP: A voz das empresas

AIMMP: A voz das empresas

 

AIMMP: A voz das empresas

A AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal é uma associação de utilidade pública, tendo por objeto social, de acordo com os seus Estatutos, “representar legalmente todas as empresas integradas no seu âmbito associativo, nomeadamente na celebração de convenções colectivas de trabalho, na defesa e na promoção da defesa dos direitos empresariais e nas acções de formação profissional.”

A AIMMP é a única associação empresarial no sector de âmbito nacional e com uma perspetiva de Fileira, representando todas as indústrias de base florestal, excepto a celulose, papel e a cortiça. Nos termos dos seus estatutos estão previstas 5 Divisões sub sectoriais: corte, abate, serração e embalagens de madeira; Painéis, derivados de madeira e energia de biomassa; Carpintaria e afins; Mobiliário e afins; Exportação, importação e distribuição de madeiras e derivados.

Fique a conhecer a entrevista de Vitor Poças, Presidente da Direção na AIMMP Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal.

 

 

Qual a missão da AIMMP enquanto Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal?
A AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal – é uma instituição de utilidade pública, estando ao serviço das empresas e empresários com a missão de representar, defender, apoiar e promover esta indústria e seus empresários e assim contribuir para o sucesso dos seus Associados, nomeadamente através do exercício de um esforço permanente de influência, promoção e oferta de serviços e
iniciativas de suporte ao seu desenvolvimento, missão que diariamente nos motiva e estimula a ir mais longe e a fazer melhor. Os desafios que estiveram na origem desta Associação, criada em 1957 pelo industrial visionário, Manuel Ferreira de Sousa, e prosseguidos por todos os demais Presidentes e Diretores ao longo da sua história, podem ter sido algo diferentes ao longo dos tempos, mas subsistem os mesmos princípios associativos e a mesma determinação de apoiar os Associados na capacitação, qualificação, formação, desenvolvimento e internacionalização do setor.

Quais são os principais desafios enfrentados pelo setor do mobiliário em Portugal e como estão a lidar com esses desafios?
Apesar das diversas contrariedades que permanentemente surgem em Portugal, o setor tem vindo a responder positivamente aos vários desafios e custos de contexto nacionais nomeadamente o enquadramento fiscal, o aumento dos custos da energia e escassez das matérias-primas. De qualquer forma, acredito que a riqueza do nosso país está nas empresas e na capacidade de gestão dos seus empresários, confiando na resiliência que têm demonstrado ao longo do tempo, o que me faz encarar os desafios como oportunidades de mudança, crescimento e transformação do setor. Para além da internacionalização, que é um eixo central da estratégia da AIMMP, temos vindo a eleger algumas novas áreas, a melhoria da imagem e atratividade do setor, como forma de reter talento, sobretudo junto da população mais jovem é uma delas. É importante empregar e desfrutar das capacidades dos jovens com novas competências e com uma visão do mundo mais global.
Temos também trabalhado a imagem junto das instituições financeiras, demonstrando-lhes que é um setor cumpridor e que merece mais
apoio, mais credibilidade e financiamento para crescer. O design e a sustentabilidade são também outras áreas fundamentais, onde temos vindo a trabalhar desde há algum tempo, como forma de tornarmos a nossa oferta mais competitiva e, assim, continuarmos a trajetória de internacionalização. A digitalização é também uma transformação importante, onde temos vindo a trabalhar em diversos projetos, reparando as empresas para uma mudança que se tornou evidente e foi acelerada com a pandemia. Por fim, o tema da floresta que, no contexto da gestão das matérias-primas é também importante e que me leva à questão mais central deste sector que é o cuidado com a floresta, como recurso estratégico para Portugal e determinante no contexto da alterações climáticas, Portugal não tem sabido aproveitar corretamente o potencial do recurso natural que é a floresta. Em resumo, vejo grandes desafios que são oportunidades para o setor, e que tornam o momento presente muito interessante.

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Quais os principais programas e iniciativas que a AIMMP está envolvida?
A AIMMP é a única associação empresarial no setor de âmbito nacional e com uma perspetiva de Fileira, representando todas as indústrias de base florestal, exceto a celulose, papel e a cortiça o que lhe dá uma enorme abrangência de atuação e uma fortíssima representação institucional, a AIMMP representa o setor em mais de 20 entidades a nível nacional e internacional. Esta perspetiva de Fileira obriga-nos também a sermos mais ambiciosos e exigentes no conjunto de serviços associativos e transversais de apoio às empresas e obriga-nos a um esforço de segmentação de forma a sermos mais assertivos nas respostas que temos para os empresários. Por essa razão, temos uma estratégia de marca, fazendo a gestão de um conjunto de marcas: EPAL – The Open Pallet Pool, ENplus® líder na certificação de pelletes, Associative Design para promoção internacional do mobiliário de design e a CNUF – Urna Ecológica Certificada, assim como promove a execução de projetos financiados de grande importância para o setor, designadamente nas áreas da formação, da capacitação, da competitividade, do empreendedorismo e da internacionalização.

Gostaríamos que partilhasse exemplos dos vários projetos bem-sucedidos que a associação tenha liderado?
É difícil selecionar um projeto pois é o conjunto das diversas iniciativas combinadas com as diferentes áreas estratégicas que dá sentido à atuação da AIMMP e que contribuem para os resultados do setor que, na realidade, são perfeitamente objetivos e mensuráveis e revelam uma trajetória de sucesso, como é caso do aumento das exportações que, em 2022, atingiram o máximo histórico de mais de 3 Mil Milhões de Euros. Concretizando, elegeria como bons exemplos, o sucesso alcançado com a execução de alguns projetos: Inter Wood & Furniture para promoção da internacionalização; o Qualify Wood & Furniture com o objetivo de promover a qualificação das indústrias da fileira da madeira e mobiliário; o Sketch Wood & Furniture que é um projeto de apoio ao empreendedorismo jovem e desenvolvimento da iniciativa empresarial entre outras iniciativas organizadas pela AIMMP, nomeadamente dois concursos de design de mobiliário – AD Challenge e Guilherme Award – e o Prémio Nacional de Arquitetura em Madeira -PNAM. Foi possível realizar estes projetos graças ao apoio de entidades externas como o COMPETE2030, da AICEP Portugal Global, do IAPMEI e do IEFP pelo que é um mérito conjunto destas entidades.

Para 2024 quais os planos, objetivos e metas a serem alcançados?
Para 2024, no âmbito do projeto MADE IN PORTUGAL NATURALLY BY INTERWOOD&FURNITURE, o grande projeto de promoção internacional do setor, temos como estratégia principal duas linhas de orientação muito importantes. Primeira, prosseguir com o alargamento geográfico de mercados, mantendo a aposta nos mercados do Médio Oriente. Segunda, apostar no mercado dos USA onde iremos realizar diversas feiras ao longo do ano. No contexto do novo paradigma da sustentabilidade e da economia circular, temos um novo projeto, o DECARBWOOD, o qual terá em 2024 um forte avanço com a realização de um Roteiro para a Descarbonização das Indústrias de Madeira. Pretendemos avaliar as empresas do sector, estimar a sua pegada carbónica e perceber onde podemos atuar para a redução das emissões de gases com efeito de estufa. Temos a ambição de demonstrar que o sector é “carbono negativo”, ou seja, que é um sector com capacidade para absorver emissões de carbono. Além da valia ambiental, esta característica terá também, no futuro, valor económico para o
país e, espera-se, para as empresas do sector.

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